O Facebook anunciou nesta quarta-feira uma bomba: a empresa comprou o WhatsApp, responsável pelo popular aplicativo de bate-papo em celulares, pelo valor de US$ 16 bilhões. O pagamento será feito em ações e dinheiro.
O WhatsApp receberá US$ 4 bilhões em dinheiro pela aquisição, além de outros US$ 12 bilhões em ações do Facebook. O acerto envolve ainda US$ 3 bilhões em ações restritas que serão dadas aos funcionários do WhatsApp, totalizando um investimento de US$ 19 bilhões.
Jam Koum, cofundador do WhatsApp e CEO da empresa, se tornará um executivo do Facebook. Ele também se tornará membro do quadro de diretores de seu novo empregador.
A compra é, disparada, a maior já feita pelo Facebook. Em 2012, a empresa adquiriu o Instagram por US$ 1 bilhão, mas desde então pouco fez com o serviço e até hoje não conseguiu rentabilizá-lo.
A impressão que fica sobre a fusão é que a rede social comprou o serviço para tirá-lo do mercado. Seundo o Facebook, o WhatsApp tem 450 milhões de usuários, está a caminho de alcançar 1 bilhão de usuários e concorre diretamente com o Facebook Messenger.
Inclusive, os últimos esforços da rede social foram no sentido de tornar seu app de mensagens mais competitivos com o WhatsApp, tornando-o mais agradável visualmente e adicionando a possibilidade de adicionar contatos pelo número de telefone, sem necessidade de tê-lo em sua lista de amigos da rede social.
Conectar o mundo
Para Mark Zuckerberg, a compra do aplicativo de mensagens servirá como combustível para o plano do Facebook de conectar o mundo inteiro à internet. "Nos próximos anos, vamos trabalhar para ajudar o WhatsApp a crescer e conectar o mundo todo", escreveu em seu perfil. Lançado no ano passado, o projeto Internet.org tem o apoio de dezenas de empresas de tecnologia e trabalha para integrar as 5 bilhões de pessoas que ainda estão desconectadas.