terça-feira, 28 de janeiro de 2014

NSA intercepta dados de usuários de aplicativos móveis

Se você pode dizer muito sobre uma pessoa pelos apps que ela carrega em seu smartphone, a NSA pode muito mais, de acordo com novos documentos publicados nesta segunda-feira, 27, pelo New York Times, The Guardian e ProPublica.

Em parceria com os britânicos do GCHQ (Quartel-General de Comunicações Governamentais, em português), a NSA estaria interceptando dados de aplicativos desde 2007. Entre as informações coletadas estão localização, idade e sexo de aplicativos como Angry Birds. É, isso mesmo.

O Guardian detalha os dados coletados como variando de modelo de celular, tamanho da tela, até as informações pessoais já citadas. Alguns aplicativos poderiam compartilhar até a orientação sexual e um app em específico poderia até divulgar preferências sexuais, como o interesse do usuário em swing.

Já o NYT e a ProPublica revelam que as agências trocavam informações sobre como receber dados de usuários do Google Maps, rastrear listas de contatos e amigos, histórico telefônico e dados geográficos em fotos postadas nas redes sociais.

Não é especificada a quantidade de dados e o tipo de dados coletados e armazenados por meio de aplicativos. A NSA também diz que não espiona os "americanos comuns" e "cidadãos estrangeiros inocentes". Já a GCHQ não comenta o assunto, só diz que tudo foi feito de acordo com a lei britânica.
De acordo com os documentos citados nas reportagens, o "cenário ideal" é quando a pessoa espionada envia uma foto de seu celular para uma rede social, permitindo máxima captura de dados.